PICOLÉ DE SAL
Na feira da cidade, que ocorria aos sábados, a movimentação era muito grande, montada no mercado central que era ocupado por comerciantes locais, com lojas fixas dos diversos seguimentos, farmácia, bares etc. e o espaço interno por agricultores e agro-pecauristas que vinham vender sua produção sendo muito comum o escambo entre êles.
Mas quem chamava mesmo a atenção, eram as pequenas bancas dos mercadores e mascates, que vendiam de tudo: joias, relógios, brinquedos, tecidos, calçados, aviamentos, perfumaria, maquiagem etc. Existiam também doceiras a vender café, bolos, biscoitos, tapiocas e os mais diversos doces, os verdureiros, os vendedores de animais abatidos e vivos, e as pequenas bancas de bebidas e tira-gosto, não esquecendo as bancas de jogos de dados e roleta.
Fim de feira muita algazarra e sitiantes bebados a falar alto, voltando para casa com o seu abastecimento, em lombos de burros, e quase como uma procissão a passar em frente a nossa casa, fazendo cumprimento: boa tarde compadre! boa tarde comadre! obrigado pelo o almoço. Muitos deles traziam pequenos mimos para mamãe, gerimum, batata, frutas, e as vêzes galinha, peixe etc.
Havia um compadre, que só voltava bebum, parava e perguntava: comadre Terezinha gosta de gualhaba (goiaba)? diante da resposta positiva, dizia na próxima semana vou trazer gualhaba para a comadre, lá em casa é lama! Nunca trouxe, e um dia ao fazer a mesma pergunta, mamãe respondeu : "não, compadre! você, já trouxe tantas vêzes que enjoei!
Era também a feira, divulgadora de novidades e novas tecnologias, tipo relógio a prova d'água, em .
que o vendedor deixava um mergulhado em um copo com água para demonstração.
Bom mesmo, era quando a novidade era uma inguaria, para a alegria das crianças, Certa feita aparareceu um vendedor de sucos artificiais de groselha, uva, laranja etc. e as crianças quase lascam o buxo de beber tanto suco, que pediam pela cor, amarelo queimado (laranja), roxo(uva) ou encarnado (groselha), sendo este ultimo o mais popular, e haja lingua colorida!
Mas a sensação foi o aparecimento do picolé! A cidade não tinha energia, não existia isopor, para conservação. Vinham da cidade de SOUZA / PB que ficava aproximadamente, 70 KM de distância, acondicionado em caixotes de madeira, forrado com raspa de serraria, sobre barras de gelo com muito sal, (técnica milenar) que faz com que o gelo, demore a derreter.
Novamente o encarnado era o preferido. O picolé era primeiramente limpo das raspas de serraria, e quando chupados, sentia-se o gosto de sal, depois um gosto distante da fruta e por fim. ficava só a pedra de gelo.
Engraçado era o comentário de todos, É MUITO QUENTE!
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
ALUGANDO BICICLETA
No ano de 1954, estávamos em viagem para Mossoró, no caminhão de Luiz Leal, que era dirigido por um motorista negro, de nome Januncio, levando como passageiros, mamãe, eu, Gagaça, Marcos e Fátima na cabine e papai e mais 3 trabalhadores, sobre a carga de caroço de algodão.
Ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle e a roda traseira, atingiu um grosso toco de árvore, tombando o caminhão. Pensando ter morto alguém e na pressa de fugir, Januncio pisou no pescoço de Fátima que tinha menos de 2 anos, deixando sequelas, passando a sofre convulções.
Em busca de tratamento, mudamos para Mossoró, por alguns mêses, tendo papai procurado especialistas de Recife. Pegava o avião da PANAIR ou da CRUZEIRO DO SUL que naquela época tinha pousos regulares, e hoje, ironicamente, sendo uma cidade progressista, não tem nenhuma linha aérea a pousar aqui. Certa feita ao regressar, trazia uma sacola com peras, fruta que eu não conhecia e tornou-se umas das preferidas.
Fomos morar no bairro Alto da Conceição em uma casa vizinha a uma prima de mamãe, Naninha (Ana) filha de sua tia Maroca.
Para minha grande alegria, o casal Chagas / Naninha, tinham 2 filhos de nomes: Queiroizinho e Oto, com idades parecida com a minha, e passei a viver mais na casa deles que na minha. Foi aí que aprendi andar de bicicleta e a jogar botão. Foram muitos os tombos e as brigas também, já que Queiroizinho foi o flamenguista menino, mais chato que já vi, e o meu time era o Vasco.
A situação lá em casa não era das melhores e passei a lanchar fartamente, todas as tardes, na casa da linda e bondosa Naninha, pessoa muito religiosa que tinha por hábito rezar todas as noites o terço em família.
Antes de retornar para José da Penha, ganhei de meu pai uma bicicleta, CALOI POTI, versão masculina da CECI, que foi a primeira bicicleta tamanho infantil da cidade.
As crianças ficaram completamente malucas com aquela novidade, eu dando volta em torno da igreja e aproximadamente uns 50 meninos correndo atrás e gritando, EEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!
Havia na cidade uma atividade comercial de aluguéis de bicicletas para adultos, que as pessoas alugavam para passeio, geralmente grupos, que saiam a andar pela cidade e pagavam por hora de uso, ou para deslocamentos maiores, como ir a sítios ou cidades vizinhas, e aí era cobrado por periodo, meio dia, pernoite etc.
Quando minha bicicleta já não motivava mais, passei a alugar as crianças da cidade, tendo um numero imenso delas, aprendedido a andar na minha Caloi. Cobrava UM CRUZEIRO por 5 voltas dentro do mercado central, dinheiro que usava para comprar guloseimas. Como a procura era grande, passou a sobrar uns trocados, até que comprei um pijama com grandes botões de madreperola por VINTE E DOIS CRUZEIROS e foi aí que a fonte secou.
Chegando em casa, papai quis saber a origem do dinheiro, e quando disse que estava alugando a bicicleta, falou: "você está terminantemente proibido de alugar a bicicleta, sob pena de levar uma surra" e complementou: não tem uma criança desta cidade que não seja meu afilhado ou filho de um compadre, portanto se está enjoado da bicicleta é para deixar as crianças andar livremente e de graça!
Era uma época em que as coisas eram feitas para durar, e a pequena bicicleta, continuou a fazer a alegria de muitas crianças...
No ano de 1954, estávamos em viagem para Mossoró, no caminhão de Luiz Leal, que era dirigido por um motorista negro, de nome Januncio, levando como passageiros, mamãe, eu, Gagaça, Marcos e Fátima na cabine e papai e mais 3 trabalhadores, sobre a carga de caroço de algodão.
Ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle e a roda traseira, atingiu um grosso toco de árvore, tombando o caminhão. Pensando ter morto alguém e na pressa de fugir, Januncio pisou no pescoço de Fátima que tinha menos de 2 anos, deixando sequelas, passando a sofre convulções.
Em busca de tratamento, mudamos para Mossoró, por alguns mêses, tendo papai procurado especialistas de Recife. Pegava o avião da PANAIR ou da CRUZEIRO DO SUL que naquela época tinha pousos regulares, e hoje, ironicamente, sendo uma cidade progressista, não tem nenhuma linha aérea a pousar aqui. Certa feita ao regressar, trazia uma sacola com peras, fruta que eu não conhecia e tornou-se umas das preferidas.
Fomos morar no bairro Alto da Conceição em uma casa vizinha a uma prima de mamãe, Naninha (Ana) filha de sua tia Maroca.
Para minha grande alegria, o casal Chagas / Naninha, tinham 2 filhos de nomes: Queiroizinho e Oto, com idades parecida com a minha, e passei a viver mais na casa deles que na minha. Foi aí que aprendi andar de bicicleta e a jogar botão. Foram muitos os tombos e as brigas também, já que Queiroizinho foi o flamenguista menino, mais chato que já vi, e o meu time era o Vasco.
A situação lá em casa não era das melhores e passei a lanchar fartamente, todas as tardes, na casa da linda e bondosa Naninha, pessoa muito religiosa que tinha por hábito rezar todas as noites o terço em família.
Antes de retornar para José da Penha, ganhei de meu pai uma bicicleta, CALOI POTI, versão masculina da CECI, que foi a primeira bicicleta tamanho infantil da cidade.
As crianças ficaram completamente malucas com aquela novidade, eu dando volta em torno da igreja e aproximadamente uns 50 meninos correndo atrás e gritando, EEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!
Havia na cidade uma atividade comercial de aluguéis de bicicletas para adultos, que as pessoas alugavam para passeio, geralmente grupos, que saiam a andar pela cidade e pagavam por hora de uso, ou para deslocamentos maiores, como ir a sítios ou cidades vizinhas, e aí era cobrado por periodo, meio dia, pernoite etc.
Quando minha bicicleta já não motivava mais, passei a alugar as crianças da cidade, tendo um numero imenso delas, aprendedido a andar na minha Caloi. Cobrava UM CRUZEIRO por 5 voltas dentro do mercado central, dinheiro que usava para comprar guloseimas. Como a procura era grande, passou a sobrar uns trocados, até que comprei um pijama com grandes botões de madreperola por VINTE E DOIS CRUZEIROS e foi aí que a fonte secou.
Chegando em casa, papai quis saber a origem do dinheiro, e quando disse que estava alugando a bicicleta, falou: "você está terminantemente proibido de alugar a bicicleta, sob pena de levar uma surra" e complementou: não tem uma criança desta cidade que não seja meu afilhado ou filho de um compadre, portanto se está enjoado da bicicleta é para deixar as crianças andar livremente e de graça!
Era uma época em que as coisas eram feitas para durar, e a pequena bicicleta, continuou a fazer a alegria de muitas crianças...
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
REVISTAS E JORNAIS TINHAM PERNAS
Papai era assinante do centenário jornal O MOSSOROENSE e da fantástica revista O CRUZEIRO da qual tornei-me leitor muito cedo, e quando maior, fã incondicional das colunas de Raquel de Queiroz, David Nasser e o amigo da onça de Péricles.
Ambos chegavam através do misto de Tozinho, a revista com atraso semanal e os jornais em lotes, com 3 a 4 dias de atraso.
Depois de lida, O CRUZEIRO, circula por várias casas da cidade, até mesmo por aquelas que não tinha ninguém alfabetizado, apenas pelo prazer de ver as propagandas de carros, eletrodomésticos, perfume, calçados e roupas, as quais copiavam para o traje de festa do padroeiro, São Francisco. e sonhavam em adquerir um dia, algum produto, ali anunciado.
Seguiam em roteiro pré estabelecido, da casa de fulano para sicrano etc. etc. sendo que a primeira era a de Mariquinha, casada com Eusébio, que colocava uma capa com papel de embrulho, colada com grude de goma.
Se acidentalmente uma folha era rasgada, quem estava recebendo, já corria lá para casa para mostrar.
Era o inicio da industrialização em massa no Brasil, as novidades eram muitas, e os anuncios chamavam a atenção, principalmente os de carros, tipo: Aero Willys, Simca Chambord, DKV, Caminhões Chevrolet Jandaia e FNM.
Já alfabetizado, viajava algumas vêzes com meu pai a Mossoró e tive meu primeiro contato com os gibis, como êle vinha todos os mêses para a reunião da empresa fazia uma lista de nunca menos de dez, para receber dois ou três.
Tarza, Bufallo Bill, Zorro, Bill Kid, Bill Elliot, O fantasma, Roy Rogers, Lanterna Verde, Batman. Jim da Selva, e muitos outros, que igualmente circulava nas mãos dos jovens já alfabetizados.
Com o rádio e eu já doutrinado pelo padrinho e tio Miguel Marcelino, com acessoria do meu muito admirado e querido primo Deinho, fiz do VASCO uma grande paixão, ouvindo todos os jogos e passei a colecionar a REVISTA DO ESPORTE, que também tinha pernas.
Papai era assinante do centenário jornal O MOSSOROENSE e da fantástica revista O CRUZEIRO da qual tornei-me leitor muito cedo, e quando maior, fã incondicional das colunas de Raquel de Queiroz, David Nasser e o amigo da onça de Péricles.
Ambos chegavam através do misto de Tozinho, a revista com atraso semanal e os jornais em lotes, com 3 a 4 dias de atraso.
Depois de lida, O CRUZEIRO, circula por várias casas da cidade, até mesmo por aquelas que não tinha ninguém alfabetizado, apenas pelo prazer de ver as propagandas de carros, eletrodomésticos, perfume, calçados e roupas, as quais copiavam para o traje de festa do padroeiro, São Francisco. e sonhavam em adquerir um dia, algum produto, ali anunciado.
Seguiam em roteiro pré estabelecido, da casa de fulano para sicrano etc. etc. sendo que a primeira era a de Mariquinha, casada com Eusébio, que colocava uma capa com papel de embrulho, colada com grude de goma.
Se acidentalmente uma folha era rasgada, quem estava recebendo, já corria lá para casa para mostrar.
Era o inicio da industrialização em massa no Brasil, as novidades eram muitas, e os anuncios chamavam a atenção, principalmente os de carros, tipo: Aero Willys, Simca Chambord, DKV, Caminhões Chevrolet Jandaia e FNM.
Já alfabetizado, viajava algumas vêzes com meu pai a Mossoró e tive meu primeiro contato com os gibis, como êle vinha todos os mêses para a reunião da empresa fazia uma lista de nunca menos de dez, para receber dois ou três.
Tarza, Bufallo Bill, Zorro, Bill Kid, Bill Elliot, O fantasma, Roy Rogers, Lanterna Verde, Batman. Jim da Selva, e muitos outros, que igualmente circulava nas mãos dos jovens já alfabetizados.
Com o rádio e eu já doutrinado pelo padrinho e tio Miguel Marcelino, com acessoria do meu muito admirado e querido primo Deinho, fiz do VASCO uma grande paixão, ouvindo todos os jogos e passei a colecionar a REVISTA DO ESPORTE, que também tinha pernas.
FÉRIAS EM MARCELINO VIEIRA
Cidade dos meus pais, que teve antes, dois bonitos nomes : PANATÍS e VITÓRIA e por politicagem barata, foi trocado para Marcelino Vieira, nomes de família.
Nunca gostei do fato de cidades, ter nome de pessoas e nem tão pouco de colocar nome de políticos ou figura histórica em suas ruas e praças, aí sim! acho correto colocar nomes de pessoas que ali viveram e todos conheciam, Antonio Tutin, José Messias, Isaura Marcelino, Alexandre Nonato, Cazuza, Pedro Cardoso etc. apenas para exemplificar, perpertuando o nome desses na sua decendência
Nesta cidade morava a maioria dos meus familiares, avó, tios (as) e muitos primos, haja vista que meu avó materno teve 31 filhos, dos quais 21, viveram até idade adulta e meu avó paterno 10. Portanto ir para Marcelino Vieira era uma festa, muito doce, muito bolo e umas moedinhas caindo no bolso, mas acima de tudo a continuidade da vidinha que eu levava em José da Penha, banho de rio, açude, caça, pesca e brincadeiras mil.
Geralmente ficava na casa de tio Tarcizio casado com Evilásia Medeiros, a quem por hábito chamava de tia, e aqui abro um parentese, a pessoa mais calma e paciente que já conheci e de uma bondade imensa, se eu tivesse que escolher uma segunda mãe entre as mulheres dos tios, a minha escolha era tia Evilásia!
Eram muito os primos que eu tinha com idade parecida com a minha, dois anos para cima ou dois anos para baixo :Gilson, Gilberto, Lisboa, Nonato (Paiva Lopes), Nonato de tio Jamir, Dedé de Dedeca (primo do coração), Anchieta, Canindé Vaqueiro, além de muitas primas.
Nonato (Paiva Lopes) era mais preso, Nonato de tio Jamir, muito precoce, quando tinhamos vergonha
de muitas coisas, ela andava com uma caixa de fósforo no bolso, dizendo que era a coleção de pentelhos das namoradas, só que não abria nunca, quando pedia-mos para ver.
Na realidade os primos com quem mais brincava eram: Gilberto (o numero um), Gilson, Dedé de Dedeca e Canindé, além dos amigos Benomi Sampaio e Felipão (in memorian).
Quando não estávamos bricando, eu ia para casa do meu avó, Papai Toinho, que tinha uma banca de carteado, e ficava peruando. Aprendi a jogar pif-paf e buraco com 5 anos e herdei muitos baralhos de pouco uso. As vêzes meu avó ficava na rede a balançar ou lendo e eu assumia a mesa de jogo, tirando a casa ( uma ficha como pagamento por uso do espaço e serviço, água café etc)
Algumas brincadeiras eram diferentes das que tínhamos em José da Penha, como o "esplandim" que tinhan como objetivo derrubar uma caixa de fósforo, colocada a uma distância de aproximadamente 10 metros, com uma tampa de lata de querosene "jacaré" cujo formato e tamanho era como uma moeda de um real. Colocada a tampa na coxa, logo acima do joelho, flexionava um dedo indicador com o indicador da outra mão, retraindo para trás e soltando de vez, impulsionava a tampa com tal velocidade, que parecia planar. A aposta era figurinhas, estampas eucalol (saudade) ou dinheiro de carteira de cigarros vazias.
Fui crescendo, entrei na adolescência, vieram as namoradinhas e continuei indo passar férias ou festa de Santo Antonio, padroeiro da cidade e em uma destas o meu ego ficou a mil. Estudava em Pau dos Ferros e namorava com uma vieirense, Ilma Correia, garota lindíssima! Cheguei para a festa, um dia antes do que ela, e estáva na praça do pavilhão, juntamente com uns dez amigos, quando ela despontou na esquina cada vez mais bonita, foi uma zoeira só, uns diziam ou dona boa, outros que iriam namorar com ela, quando chegou bem próximo, fui ao seu encontro, dei um grande abraço e beijo, e juntinhos saimos a caminhar...
Cidade dos meus pais, que teve antes, dois bonitos nomes : PANATÍS e VITÓRIA e por politicagem barata, foi trocado para Marcelino Vieira, nomes de família.
Nunca gostei do fato de cidades, ter nome de pessoas e nem tão pouco de colocar nome de políticos ou figura histórica em suas ruas e praças, aí sim! acho correto colocar nomes de pessoas que ali viveram e todos conheciam, Antonio Tutin, José Messias, Isaura Marcelino, Alexandre Nonato, Cazuza, Pedro Cardoso etc. apenas para exemplificar, perpertuando o nome desses na sua decendência
Nesta cidade morava a maioria dos meus familiares, avó, tios (as) e muitos primos, haja vista que meu avó materno teve 31 filhos, dos quais 21, viveram até idade adulta e meu avó paterno 10. Portanto ir para Marcelino Vieira era uma festa, muito doce, muito bolo e umas moedinhas caindo no bolso, mas acima de tudo a continuidade da vidinha que eu levava em José da Penha, banho de rio, açude, caça, pesca e brincadeiras mil.
Geralmente ficava na casa de tio Tarcizio casado com Evilásia Medeiros, a quem por hábito chamava de tia, e aqui abro um parentese, a pessoa mais calma e paciente que já conheci e de uma bondade imensa, se eu tivesse que escolher uma segunda mãe entre as mulheres dos tios, a minha escolha era tia Evilásia!
Eram muito os primos que eu tinha com idade parecida com a minha, dois anos para cima ou dois anos para baixo :Gilson, Gilberto, Lisboa, Nonato (Paiva Lopes), Nonato de tio Jamir, Dedé de Dedeca (primo do coração), Anchieta, Canindé Vaqueiro, além de muitas primas.
Nonato (Paiva Lopes) era mais preso, Nonato de tio Jamir, muito precoce, quando tinhamos vergonha
de muitas coisas, ela andava com uma caixa de fósforo no bolso, dizendo que era a coleção de pentelhos das namoradas, só que não abria nunca, quando pedia-mos para ver.
Na realidade os primos com quem mais brincava eram: Gilberto (o numero um), Gilson, Dedé de Dedeca e Canindé, além dos amigos Benomi Sampaio e Felipão (in memorian).
Quando não estávamos bricando, eu ia para casa do meu avó, Papai Toinho, que tinha uma banca de carteado, e ficava peruando. Aprendi a jogar pif-paf e buraco com 5 anos e herdei muitos baralhos de pouco uso. As vêzes meu avó ficava na rede a balançar ou lendo e eu assumia a mesa de jogo, tirando a casa ( uma ficha como pagamento por uso do espaço e serviço, água café etc)
Algumas brincadeiras eram diferentes das que tínhamos em José da Penha, como o "esplandim" que tinhan como objetivo derrubar uma caixa de fósforo, colocada a uma distância de aproximadamente 10 metros, com uma tampa de lata de querosene "jacaré" cujo formato e tamanho era como uma moeda de um real. Colocada a tampa na coxa, logo acima do joelho, flexionava um dedo indicador com o indicador da outra mão, retraindo para trás e soltando de vez, impulsionava a tampa com tal velocidade, que parecia planar. A aposta era figurinhas, estampas eucalol (saudade) ou dinheiro de carteira de cigarros vazias.
Fui crescendo, entrei na adolescência, vieram as namoradinhas e continuei indo passar férias ou festa de Santo Antonio, padroeiro da cidade e em uma destas o meu ego ficou a mil. Estudava em Pau dos Ferros e namorava com uma vieirense, Ilma Correia, garota lindíssima! Cheguei para a festa, um dia antes do que ela, e estáva na praça do pavilhão, juntamente com uns dez amigos, quando ela despontou na esquina cada vez mais bonita, foi uma zoeira só, uns diziam ou dona boa, outros que iriam namorar com ela, quando chegou bem próximo, fui ao seu encontro, dei um grande abraço e beijo, e juntinhos saimos a caminhar...
terça-feira, 28 de agosto de 2012
A PRIQUITADORA DO PADRE
Existia em José da Penha um serviço de alto-falante, que funcionava algumas noites, por mais ou menos duas horas, executando musicas, enviando recados e fazendo os anuncios da igreja e da prefeitura, movida a bateria de carro, tal qual os rádios, já mencionados neste blog.
Pertencia a paróquia, cujo pároco morava na sede do município, a cidade serrana de Luiz Gomes.
O amplificador, foi colocado no alto de um poste de madeira, em um espaço aberto, entre o fundo da igreja e um pavilhão, onde hoje se encontra a Praça da Paz, de frente para a casa que morávamos.
Embora tenha sido uma novidade que encantou a todos, foi motivo de uma contenda entre mamãe, o prefeito e o padre, ja que a boca da amplificadora jogava o som, sempre muito alto, diretamente para a nossa calçada e mamãe sofria de dores de cabeça e tinha sempre um bebê para acalentar. Gerou muita polêmica, as pessoas achavam que minha mãe era importante e exigente, mas ninguém queria voltada para a sua casa. Depois de muita luta, foi encontrada uma solução pouco inteligente, viraram a boda do amplificador para o céu, quando tinha como solução mais lógica os fundos da igreja.
As moças e rapazes faziam a festa. enviando musicas e recados uns aos outros, dando início a muitos namoros. As manifestações de simpatia, tinha sempre a mesma receita : um alguém de camisa azul ofereçe esta musica a um alguém de vestido lilás, com muito amor e carinho etc.etc.
O prefixo era uma musica encantadora, tocada em acordeon de nome "Escadaria". A discoteca era muito modesta, talvez não passasse de 50 discos de cera com uma musica de cada lado, dos maiores cantores e cantoras da época: Francisco Petrônio, Augusto Calheiros, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Ivon Curi, Cauby Peixoto (a lenda viva), Luiz Gonzaga (fenômeno), Emilinha Borba, Marlene, Nora Nei e muitos outros.
Aprendi muitas musicas, de letras lindas que jamais esqueci e canto até hoje, algumas quase diariamente, como "Rapaziada do Brás".
Com certeza a pessoa que mais se encantou com a amplificadora, foi um doidinho de físico avantajado, cabeça grande e sempre pelada que quando não estava prestando seus serviços nas casas, limpando, pilando milho, arroz etc. vagava pelas ruas conversando com todos.
Seu apilídio era "PELADO" e o assunto predileto era a PRIQUITADORA DO PADRE, como êle chamava.
Existia em José da Penha um serviço de alto-falante, que funcionava algumas noites, por mais ou menos duas horas, executando musicas, enviando recados e fazendo os anuncios da igreja e da prefeitura, movida a bateria de carro, tal qual os rádios, já mencionados neste blog.
Pertencia a paróquia, cujo pároco morava na sede do município, a cidade serrana de Luiz Gomes.
O amplificador, foi colocado no alto de um poste de madeira, em um espaço aberto, entre o fundo da igreja e um pavilhão, onde hoje se encontra a Praça da Paz, de frente para a casa que morávamos.
Embora tenha sido uma novidade que encantou a todos, foi motivo de uma contenda entre mamãe, o prefeito e o padre, ja que a boca da amplificadora jogava o som, sempre muito alto, diretamente para a nossa calçada e mamãe sofria de dores de cabeça e tinha sempre um bebê para acalentar. Gerou muita polêmica, as pessoas achavam que minha mãe era importante e exigente, mas ninguém queria voltada para a sua casa. Depois de muita luta, foi encontrada uma solução pouco inteligente, viraram a boda do amplificador para o céu, quando tinha como solução mais lógica os fundos da igreja.
As moças e rapazes faziam a festa. enviando musicas e recados uns aos outros, dando início a muitos namoros. As manifestações de simpatia, tinha sempre a mesma receita : um alguém de camisa azul ofereçe esta musica a um alguém de vestido lilás, com muito amor e carinho etc.etc.
O prefixo era uma musica encantadora, tocada em acordeon de nome "Escadaria". A discoteca era muito modesta, talvez não passasse de 50 discos de cera com uma musica de cada lado, dos maiores cantores e cantoras da época: Francisco Petrônio, Augusto Calheiros, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Ivon Curi, Cauby Peixoto (a lenda viva), Luiz Gonzaga (fenômeno), Emilinha Borba, Marlene, Nora Nei e muitos outros.
Aprendi muitas musicas, de letras lindas que jamais esqueci e canto até hoje, algumas quase diariamente, como "Rapaziada do Brás".
Com certeza a pessoa que mais se encantou com a amplificadora, foi um doidinho de físico avantajado, cabeça grande e sempre pelada que quando não estava prestando seus serviços nas casas, limpando, pilando milho, arroz etc. vagava pelas ruas conversando com todos.
Seu apilídio era "PELADO" e o assunto predileto era a PRIQUITADORA DO PADRE, como êle chamava.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
TIO IVO, O CARISMÁTICO
Irmão mais velho do meu pai. estatura pequena e corpo franzino, era a unica coisa que nele era diminuta, no resto era uma estrela de quinta grandeza. Inteligente, bondoso, trabalhador, liderança natural e agregador.
Dono de um sorriso muito franco e gargalhada solta, sempre acompanhado do gestual de lançar o corpo a frente e unir as mãos, como se batesse palmas, era de uma alegria expontanea e incontida.
Casado com uma irmã de minha mãe, tia Lourdes, pai de uma prole de seis : José Ilo (morreu em tenra idade) Noélia, Ivo Jr., Suzana e os gemeos Carlos Antonio e Carlos Alberto, nossos amados primos carnais.
Se fosse declinar o seu lado bondoso e os gestos concretos que conheço de tio Ivo, daria para escrever um livro e êle se vivo, certamente não gostaria, pois não alardeava os seus gestos de verdadeiro cristão. Portanto registro apenas o seu lado descontraido e algumas demonstrações de carinho que tinha para comigo.
Era gerente da algodoeira Alfredo Fernandes na cidade de Patu, que no ínicio de minha adolescência eu adorava passar férias em sua casa.
Eu comia tanto doce que êle me prospos fazer uma aposta, se comesse uma lata de doce (700g) êle me daria um relógio, se não conseguisse eu pagaria o doce, aposta topada, comprou uma lata de marmelada colombo, não conheço no mundo ninguém que consiga comer sequer duas fatias, antes da metade eu olhava... olhava e quando levava a boca, dava engulhos e terminei vomitando.
Para não ficar por baixo disse a grande besteira, se fosse goiabada eu comeria. No dia seguinte , comprou uma lata de goiabada, cujo destino foi o mesmo, fiquei uma semana se conseguir olhar, para qualquer coisa doce.
Lembro de uma aposta que fez com o seu amigo Du Suassuna, acho que de um litro de cavalo branco, em que se um pegasse o outro sem gravata, perderia. Andava os dois até dentro de casa de gravata no pescoço. O Sr. Du guarda o seu carro, uma baratinha de carroceria de madeira (até hoje o mais lindo que já vi!), na garagem de tio Ivo e certa vez entrou pela garagem sorrateiramente as 6 da manhã, para dar o flagra, tio Ivo estava tomando banho e saiu do banheiro de pijama e gravata. kkkkkkkkkkkkkk, não lembro quem ganhou a aposta.
Ainda em Patu, em um carnaval, proporcionou um assalto em sua casa (pratica muito comum nos velhos carnavais em que grupos de amigos, saiam em conjunto em visita as casas, aonde eram recebidos com muita bebida e tiragosto) Sempre acompanhado de muito mela-mela (talco, maizena,colorau, mel etc) e neste dia com uma seringa de plástico, jogou solução de bateria na calça de seu amigo, Lino da gameleira, que chegou em casa de bumbum de fora.
Como Patu era perto de Mossoró, vinha com muita frequência e eu ficava sempre a espreita, pois sua chegada era sinal de lanche farto, íamos comer papa, pastéis com refresco na lanchonete Cabana, de propriedade de Leonidas, pai do meu compadre José do Patrocínio, ou no pavilhão, cujo proprietário era o Sr. Jeremias Gurgel, pai do meu atual sogro, Fernando. Para fechar com chave de ouro, nunca menos que duas taças de sorvete na sorveteria Oásis.
Estabelecido como comerciante de miudezas e perfumarias, com venda no varejo e atacado, certa feita desconfiando que um seu cliente estava praticando pequenos furtos, ficou a espreita até comprovar. Como o mesmo tinha fama de valente,ficou temeroso quanto ao revide do mesmo, mas não calou, chegou e disse: Este é um homem sabido, vou dizer, mais ladrão que nós dois, não existe não!
Dizia-se boêmio e namorador, está era sem duvida nenhuma a sua maior pabulagem, e muitas vêzes dizia na frente de Tia Loudes, a quem chamava, juntamente com mamãe, de as maniçoba,( alusão a uma das fazendas do pai delas) só para ouvir ela dizer: Ivo você só tem conversa, você não é de nada!
Viajando para Tibau ele disse, Lolô (apelido de tia Lourdes), quando eu disser que eu sou o maior boêmio e namorador, confirme, que é bom para mim e para você. Como assim, Ivo! retrucou tia Lourdes, e êle é bom para mim, porque quem ouvir, vai dizer: "ou velho macho, nesta idade e ainda faz a festa", e é bom para você, porque igualmente vão dizer: " ou mulher bondosa e santa!
Gostava muito de exibir o dinheiro que andava nos bolsos, dizia olha o putufu, e tirava, R$ 100,00 de um bolso, R$ 200,00 do outro, e outros e outros.
Tinha sempre um queijo de minas e uma cerveja para receber os amigos, mas era comedido em tudo, bebia pouco e comia como uma criança de 2 anos, beliscava como dizemos.
Para desgosto de tia Loudes, adorava a biografia de Hitler, eu também adoro... mas ambos olhavamos sòmente para a sua inteligência e a capacidade hipnótica de mover multidões, jamais as atrocidades cometidas.
Foi independente até os ultimos dias, diariamente pela manhã, saia para centro da cidade com seus passos já lentos e arrastados, e com a visão já bastante diminuida, não aceitando a companhia que seus filhos arranjaram, preocupados que ocorresse algum acidente.
O céu ficou muito mais alegre, com a sua chegada, e embora tenhamos muitas saudades, nós também ficamos alegres , pois teve uma vida dígna e repleta de felicidades, e certamente já está a palmilhar o caminho que haveremos de seguir, com o zelo que teve em vida por todos nós.
Sua presença é minha aliada e companheira na vida.
Te amo muito, meu querido tio Ivo!
Irmão mais velho do meu pai. estatura pequena e corpo franzino, era a unica coisa que nele era diminuta, no resto era uma estrela de quinta grandeza. Inteligente, bondoso, trabalhador, liderança natural e agregador.
Dono de um sorriso muito franco e gargalhada solta, sempre acompanhado do gestual de lançar o corpo a frente e unir as mãos, como se batesse palmas, era de uma alegria expontanea e incontida.
Casado com uma irmã de minha mãe, tia Lourdes, pai de uma prole de seis : José Ilo (morreu em tenra idade) Noélia, Ivo Jr., Suzana e os gemeos Carlos Antonio e Carlos Alberto, nossos amados primos carnais.
Se fosse declinar o seu lado bondoso e os gestos concretos que conheço de tio Ivo, daria para escrever um livro e êle se vivo, certamente não gostaria, pois não alardeava os seus gestos de verdadeiro cristão. Portanto registro apenas o seu lado descontraido e algumas demonstrações de carinho que tinha para comigo.
Era gerente da algodoeira Alfredo Fernandes na cidade de Patu, que no ínicio de minha adolescência eu adorava passar férias em sua casa.
Eu comia tanto doce que êle me prospos fazer uma aposta, se comesse uma lata de doce (700g) êle me daria um relógio, se não conseguisse eu pagaria o doce, aposta topada, comprou uma lata de marmelada colombo, não conheço no mundo ninguém que consiga comer sequer duas fatias, antes da metade eu olhava... olhava e quando levava a boca, dava engulhos e terminei vomitando.
Para não ficar por baixo disse a grande besteira, se fosse goiabada eu comeria. No dia seguinte , comprou uma lata de goiabada, cujo destino foi o mesmo, fiquei uma semana se conseguir olhar, para qualquer coisa doce.
Lembro de uma aposta que fez com o seu amigo Du Suassuna, acho que de um litro de cavalo branco, em que se um pegasse o outro sem gravata, perderia. Andava os dois até dentro de casa de gravata no pescoço. O Sr. Du guarda o seu carro, uma baratinha de carroceria de madeira (até hoje o mais lindo que já vi!), na garagem de tio Ivo e certa vez entrou pela garagem sorrateiramente as 6 da manhã, para dar o flagra, tio Ivo estava tomando banho e saiu do banheiro de pijama e gravata. kkkkkkkkkkkkkk, não lembro quem ganhou a aposta.
Ainda em Patu, em um carnaval, proporcionou um assalto em sua casa (pratica muito comum nos velhos carnavais em que grupos de amigos, saiam em conjunto em visita as casas, aonde eram recebidos com muita bebida e tiragosto) Sempre acompanhado de muito mela-mela (talco, maizena,colorau, mel etc) e neste dia com uma seringa de plástico, jogou solução de bateria na calça de seu amigo, Lino da gameleira, que chegou em casa de bumbum de fora.
Como Patu era perto de Mossoró, vinha com muita frequência e eu ficava sempre a espreita, pois sua chegada era sinal de lanche farto, íamos comer papa, pastéis com refresco na lanchonete Cabana, de propriedade de Leonidas, pai do meu compadre José do Patrocínio, ou no pavilhão, cujo proprietário era o Sr. Jeremias Gurgel, pai do meu atual sogro, Fernando. Para fechar com chave de ouro, nunca menos que duas taças de sorvete na sorveteria Oásis.
Estabelecido como comerciante de miudezas e perfumarias, com venda no varejo e atacado, certa feita desconfiando que um seu cliente estava praticando pequenos furtos, ficou a espreita até comprovar. Como o mesmo tinha fama de valente,ficou temeroso quanto ao revide do mesmo, mas não calou, chegou e disse: Este é um homem sabido, vou dizer, mais ladrão que nós dois, não existe não!
Dizia-se boêmio e namorador, está era sem duvida nenhuma a sua maior pabulagem, e muitas vêzes dizia na frente de Tia Loudes, a quem chamava, juntamente com mamãe, de as maniçoba,( alusão a uma das fazendas do pai delas) só para ouvir ela dizer: Ivo você só tem conversa, você não é de nada!
Viajando para Tibau ele disse, Lolô (apelido de tia Lourdes), quando eu disser que eu sou o maior boêmio e namorador, confirme, que é bom para mim e para você. Como assim, Ivo! retrucou tia Lourdes, e êle é bom para mim, porque quem ouvir, vai dizer: "ou velho macho, nesta idade e ainda faz a festa", e é bom para você, porque igualmente vão dizer: " ou mulher bondosa e santa!
Gostava muito de exibir o dinheiro que andava nos bolsos, dizia olha o putufu, e tirava, R$ 100,00 de um bolso, R$ 200,00 do outro, e outros e outros.
Tinha sempre um queijo de minas e uma cerveja para receber os amigos, mas era comedido em tudo, bebia pouco e comia como uma criança de 2 anos, beliscava como dizemos.
Para desgosto de tia Loudes, adorava a biografia de Hitler, eu também adoro... mas ambos olhavamos sòmente para a sua inteligência e a capacidade hipnótica de mover multidões, jamais as atrocidades cometidas.
Foi independente até os ultimos dias, diariamente pela manhã, saia para centro da cidade com seus passos já lentos e arrastados, e com a visão já bastante diminuida, não aceitando a companhia que seus filhos arranjaram, preocupados que ocorresse algum acidente.
O céu ficou muito mais alegre, com a sua chegada, e embora tenhamos muitas saudades, nós também ficamos alegres , pois teve uma vida dígna e repleta de felicidades, e certamente já está a palmilhar o caminho que haveremos de seguir, com o zelo que teve em vida por todos nós.
Sua presença é minha aliada e companheira na vida.
Te amo muito, meu querido tio Ivo!
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