quinta-feira, 19 de julho de 2012

374 AFILHADOS DE BATISMO

SIM! este numero fantástico, pertecem aos meus pais LULA (Luiz Gonzaga Lopes) e TETÊ (Terezinha de Jesus Fernandes), não conheço outro registro igual, principalmente por morar em uma pequena cidade (José da Penha), que na época, tinha menos de 3.000 habitantes, e ser apenas gerente de uma usina algodoeira, nunca exercendo cargo político.
Sendo sua área de atuação as cidades de José da Penha, Luiz Gomes, Paraná e Riacho de Santana, cuja população total, era menos de 10.000 moradores.
Em José da Penha, estava concentrado o maior numero, perto de 300, e embora as ruas da cidade fossem curtas, existiam ruas em que não falhava uma só casa, tinha afilhados em todas.
O vigário morava na cidade serrana de Luiz Gomes, e descia a serra uma vez por mês, para celebrar missa, batisados e casamentos.
Era muito comum, êles apadrinharem, todas as crianças e noivos do dia.
Como papai viajava pelos sítios e fazendas, comprando algodão, era grande o numero de afilhados na zona rural, o que com o passar do tempo, gerou um duplo problema para mamãe: é que aos sábados, dia da feira da cidade, os sitiantes vinham vender seus produtos e comprar as necessidades de sua casa. Como andavam em montarias, amarravam os seus animais no oitão de nossa casa, e com pouco tempo, ninguém aguentava a fedentina de tantas fezes e urina acumulados. De quebra, quase todos almoçavam em nossa casa, numero nunca inferior a 30 compadres, que luta! coitadinha de mamãe que tinha uma prole grande para criar.
Embora o emprego do meu pai, fosse considerado bom, para os padrões da cidade, morava de aluguel e o carro pertencia a firmam um jeep Willis51.
Se não era rico, nem político, qual o segredo para tantos afilhados? meu pai foi a pessoa mais mansa e doce que conheci e dono de um carisma excepcional. Minha mãe, que estudou até o segundo ano ginasial, era a mais letrada da cidade.
Como morou na casa de um irmão médico, aprendeu o uso dos medicamentos, fazendo o papel de doutoura , além de cortar cabelos femininos e ensinar corte e costura, gratuitamente.

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