CIUMES DE VOCÊ... - 2
Em uma época, em que as mulheres, não cumprimentavam, nem tão pouco paravam para conversar com outro homem, se não estivessem acompanhadas do seu marido, D. Nenen, quebrava todas as regras, muito simpática, conversava com todos, quer fosse criança, homens ou mulheres.
Todas as vêzes que precisava, se dirijir ao comércio, igreja ou qualquer outro lugar da cidade, já que sua casa, ficava no final de uma rua, que dava para uma lagoa, passava em frente a casa de D. Anália, e se o marido desta, estivesse na calçada, parava, para um dedo de prosa.
Muito ciumenta, D. Anália, começou a ver naquilo, um namoro, e como falava alto e sem temor, passou a distratar a pobre senhora, e a jogar seu nome na rua, sem que tivesse a menor prova, daquilo que sua imaginação criava.
Certo dia, o nosso bom prefeito Osório Estevão, juntamente com Pe. Raimundo Oswaldo e algumas senhoras, resolveram promover uma festa para as mães pobres da cidade, de maneira que aquelas que tivessem um pouco mais, adotariam uma mãe, para doar um presente, naquele dia das mães, além de oferecerem os quitutes da festa.
Composta a mesa, quando as autoridades deveriam dar início as falas, eis que no meio do salão, alguém se pronuncia em alta voz: licença! licença! e foi logo pegando o microfone, e dizendo: cheguei hoje do Rio de Janeiro, a tempo de prestar a minha singela homenangem a minha mãezinha querida, e queria entregar-lhes este presente que eu trouxe.
Aberto o pacote, era um óculos escuro, estilo gata, com várias pedras brilhantes, em total desacordo com a idade da mãe, e foi logo colocando no rosto da mesma.
Uma voz de trovão ecoou no ambiente: Ai UMA PEDRA AQUI, PARA EU QUEBRAR, ESTE ÓCULOS NA CARA DESTA RAP...... Era D. Anália, corroida pelo ciume.
Mal estar geral, festa quase que acabada, animos exaltados, e mamãe, dando uma de bombeiro, tentando apagar o fogo de suas duas comadres.
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