MILAGRE DE SÃO FRANCISCO
Um compadre de papai, que vivia em um pequeno mas produtivo sítio, foi vítima de um tiro de revólver, que atingiu a espinha dorsal, deixando-o paraplégico.
Como tinha uma situação econômica razoável, tentou todos os meios possíveis, consultando com os médicos da região, nas mais diversas cidades, do RN e da PB, e diante de um prognóstico,
sempre negativo, partiu para centros maiores, a ponto de quase esaurir os recursos.
Homem de muita fé, desistiu dos médicos e passou à afirmar veementemente que a sua cura estava próxima, pois fizera uma promessa para SÃO FRANCISCO DO CANINDÉ, e que iría, no primeiro pau-de-arara que partisse da região, para paga-la, e voltaria andando, pronto para retomar o seu trabalho na fazenda, pois doia muito ter que fazer tudo, através de outro.
Geralmente a partida de romeiros da região para visita, feitura e pagamento de promessas, ocorria durante os festejos do santo, cujo novenário tinha início no final de setembro, e ía até o dia 4 de Outubro, com a procissão de encerramento.
Chegado o grande dia, foi colocada uma cama, junto a lateral de uma das grades de proteção, a um nível um pouco mais baixo, de maneira tal, que êle pudesse apreciar a paisagem e se por uma acaso, visse a ter ansia de vômito, ser um facilitador.
Acompanhado de alguns familíares, contou com a colaboração de todos, que ignoravam o momento de suas necessidades fisiólogicas, e ajudavam a retira-lo, quando se fazia necessário.
Estradas praticamente intransitáveis, era necessário dois dias para pecorrer os mais de 500 KM, com pequenas paradas, pois todos os passageiros, levavam, o que chamavam de farnel. Comida pronta, geralmente carne de sol ou galinha assada, com farinha e rapadura, além de frutas, biscoitos, bolos etc.
Chegando em Canindé, foram em romaria para a igreja de São Francisco, tomando parte de missas, orações, novenas, confições e visitas, principalmente a casa dos milagres, aonde existiam milhares de fotos, documentos e esculturas, como registro dos milagres alcançados.
Cumprida toda a agenda e já de volta, alguns até casoavam do probre homem, perguntando: Cadê, você não disse que ia voltar andando, que o santo iria cura-lo?
Pacientemente, êle respondia: "ainda não chegamos"
A posteação de energia elétrica de Mossoró de antigamente, era de ferro, e colocada no centro da rua, dividindo estas ao meio. Postes de pouca altura e fixados ao chão, por uma grande bola de ferro, que eram enterradas e fixadas com cimento até a metade.
Toda a iluminação da cidade, havia sido trocada rescentemente, por postes de concreto, e colocado em uma das laterais da rua, como pedia a modernidade. Alguns postes de ferros, de que ficavam em cruzamentos, foram cerrados, bem rente a bola de ferro, de maneira que esta ficasse, como uma espécie de marco, para ser contornado, funcionando como um balão.
Uma destas bolas, ficava em frente ao mercado publico, dividindo a Rua Cel. Gurgel, e a Av. Augusto Severo.
O motorista do pau-de-arara, vinha um pouco ligeiro e ao fazer a curva, o pneu traseiro, passou por cima da bola de ferro, provocando um grande catabílio (solavanco), jogando o coitado do homem ao solo. Gritaria geral, clamor dos famíliares, todos crendo que êle havia morrido, quando para grande surpresa, eis que se levanta sozinho, bate a terra dos fundilhos e sai caminhando.
Os limitados exames da época, não revelavam que a bala apenas comprimia a medula, e que esta, estava totalmente preservada. Com a queda, houve um deslocamente do projétil, descomprimindo a medula, e tal quanto êle acreditava, voltou para casa andando.
A FÉ REMOVE MONTANHAS, E BALA TAMBÉM!!!
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